Ludopédio
"No jogo entre o Brasil e a Inglaterra, para muitos uma final antecipada da Copa do Mundo, o povo comemorou a valer. O barulho dos rojões era ensurdecedor. Torcedores mais exaltados gritavam no meio da rua. Bombeiros (vi na Globo) ligaram as sirenes de seus caminhões.Tudo isso seria perfeitamente normal e esperado se a partida não tivesse começado às 3h30 da madrugada no horário de Brasília.
Poucas coisas deixam uma pessoa com mais mau humor do que acordá-las no meio de sua noite de sono. Como se explica então que milhões de brasileiros tenham voluntariamente _nem todos foram despertados pela barulheira_ renunciado a seu repouso para assistir a um jogo de futebol? (Nesse contexto, nem comento a exasperante vitória sobre a Turquia ontem. O adversário era mais fraco, e o horário do jogo, 8h30 da manhã, foi quase civilizado).
Há duas semanas, ressuscitando o bom e velho Karl Marx, afirmei nesta coluna que o futebol era um pouco o ópio do povo. Cumpre agora explicar os mecanismos pelos quais a dependência ludopédica se instala nos corpos dos viciados e se assenhora de seus espíritos.
Para tanto, faço ressurgir um outro pensador já quase esquecido, Johan Huizinga (1872-1945).Para esse historiador holandês, a idéia de jogo é central para a civilização. Em seu "Homo Ludens", de 1938, Huizinga afirma que todas as atividades humanas, incluindo filosofia, guerra, arte, leis e linguagem, podem ser vistas como o resultado de um jogo, ou, para usarmos a terminologia técnica, "sub specie ludi" (a título de brincadeira).A escrita alfabética surgiu porque alguém resolveu brincar com sons, significados e símbolos.
A filosofia, se quisermos, é um grande jogo de conceitos. Mesmo as guerras, particularmente as guerras antigas, ocorrem segundo certas regras que lembram jogos e não excluem gestos de cavalheirismo. O Direito, então, é pura encenação. Na Inglaterra advogados e juízes ainda usam perucas (por aqui só sobrou a toga), numa evidência incontestável de que o mundo das leis tem muito de teatro. (Infelizmente, o português, ao contrário de várias outras línguas da Europa Ocidental, não usa a palavra "brincar" ou "jogar" para designar o ator que representa um papel; essa coincidência é clara, por exemplo, no inglês "to play" ou no francês "jouer"). Huizinga não chega a decretar que o amor ao jogo é o traço que distingue o homem de outros animais, mas fica perto disso.
O Homo ludens, o homem que brinca, não substitui o Homo sapiens (homem que sabe, que raciocina), mas se coloca ao lado e um pouco abaixo deste, mais ou menos na mesma categoria que o Homo faber (homem que trabalha) de Max Frisch.Não sei como andavam os estudos zoológicos em 1938, mas a prudência de Huizinga foi recompensada. Hoje sabemos que mamíferos em geral e até algumas aves brincam. O lúdico parece desempenhar um papel importante no aprendizado. De todo modo, há autores que ainda sustentam ser o homem o único animal que é capaz de jogar ao longo de toda a sua vida e com o propósito claro de extrair prazer da brincadeira.Voltando a Huizinga, o autor define jogo como "atividade ou ocupação voluntária executada dentro de certos limites fixos de tempo e espaço, de acordo com regras livremente aceitas mas absolutamente restritivas, que tenha seu fim em si mesma e que se faça acompanhar de um sentimento de tensão, alegria e da consciência de que ela difere da vida ordinária".Tomemos então o caso do futebol, também chamado, não por acaso, de "ludopédio", que, etimologicamente, significa "jogo de pés". Trata-se, como quer a definição de Huizinga, de uma atividade voluntária e limitada espacial e temporalmente. O jogo ocorre num campo de futebol de dimensões mais ou menos fixas e dura normalmente 90 minutos.
As regras são relativamente simples, embora a noção de impedimento ainda represente um desafio para as mulheres (é brincadeirinha, viu).Os jogadores aceitam essas normas porque querem. São raros os casos em que a expulsão de um futebolista faltoso determinada pelo árbitro tenha de ser efetivada "manu militari" pela polícia. Mais até, nunca ouvi falar de jogador que tenha exigido ordem judicial para deixar o campo, embora, tecnicamente, essa seja a única forma legal de expulsá-lo do ponto de vista do Estado de Direito.As regras do futebol são restritivas (ninguém, exceto o goleiro, pode usar as mãos, por exemplo) e trazem elas mesmas o objetivo do jogo, que é marcar um número de gols superior ao imposto pelo adversário. Na tentativa de realizar essa meta, somos (jogadores e espectadores) submetidos a sensações de "tensão" e "alegria". Acrescento, por minha conta, o sentimento de "pavor", que ocorre toda vez que o zagueiro Lúcio pretende sair driblando sozinho.Acho que a chave para o fascínio proporcionado pelo futebol está no último trecho da definição de Huizinga, na "consciência de que [essa atividade] difere da vida ordinária".
É nessa passagem que, suspeito, se estabelece a dependência neuroquímica. Enquanto o jogo dura, as regras que regem a realidade cotidiana ficam suspensas. Como a nossa realidade não anda tão primorosa assim, é sempre um prazer abandoná-la (nem que por apenas 90 minutos) em favor de uma outra, que sempre faz sentido, cujas leis conhecemos melhor e na qual já provamos mais de uma vez que somos bons.Aqui o futebol, como qualquer jogo, se torna alienante, mas a alienação é justamente uma das coisas que buscamos com o gesto de brincar. Para Huizinga, são pelo menos três as funções do jogo: a agonística (competição), a lúdica (exuberância, ilusão) e a diagógica (passatempo, ócio). Se quisermos, todas elas se relacionam de algum modo ao conceito hegeliano-marxista de alienação.A diferença é que Huizinga procura ver no jogo seus aspectos criadores e não os negativos.
O jogo, a brincadeira podem até tornar impossível a verdadeira compreensão da Realidade (no sentido forte que lhe atribuem os grandes sistemas filosóficos), mas tiveram o mérito nada desprezível de ajudar a produzir a linguagem, as leis, a ciência, a própria filosofia, a civilização, enfim.Não vou, evidentemente, sugerir que a civilização moderna seja uma consequência do futebol, muito embora um mundo sem o Corinthians seja necessariamente um mundo pior. Mas é interessante _e faz todo o sentido_ pensar a capacidade do ser humano de jogar como um dos elementos constitutivos de seu "éthos".Assim, por brincadeira, podemos afirmar que o homem se saiu melhor do que seus parentes primatas porque tinha maior capacidade de brincar: sem querer, acabou criando a civilização. Mesmo que tudo isso não baste para explicar nossa paixão pelo futebol, serve para demonstrar que a ligação dos homens com o jogo é antiga, profunda e, diria um neurobiólogo, inscrita no DNA. Pessoalmente, acho que a teoria do Homo ludens prova também que o mundo é uma piada. Nesse contexto, faz todo o sentido do mundo o Felipão escalar Lúcio, Roque Júnior e Edmílson."
Hélio Schwartsman, 40, é editorialista da Folha. Bacharel em filosofia, publicou "Aquilae Titicans - O Segredo de Avicena - Uma Aventura no Afeganistão" em 2001. Escreve para a Folha Online às quintas.
Falando em Homo Ludens...
A exposição Homo ludens: do faz-de-conta à vertigem . São 80 artistas nacionais, entre eles, Carlos Scliar, Portinari, Guto Lacaz, Nelson Leiner, Lothar Charoux e Paiva Brasil, relacionando o jogo à arte. Além disso, o evento apresenta música, literatura, vídeo e artes cênicas.
www.itaucultural.org.br/homoludens

Eu sempre gosto de dizer que toda a exposição vale a pena, mesmo se você não gostar... Aqui vai uma que me impressionou muito...Helena Wong, no Museu Oscar Niemeyer (MON), em Curitiba... Eles não querem comparar com o MOMA não, né?

"Autora de uma obra bastante própria, Helena Wong (1938-1990) teve sua produção marcada pela obstinação que tinha pela vida e a paixão pela arte. Portadora de uma grave doença, desde os cinco anos de idade, sua arte está profundamente ligada à certas fases de sua trajetória de vida. Com curadoria de Fernando Velloso, a exposição é composta de aproximadamente 80 obras de Helena, onde fica evidente toda a expressividade e sensibilidade encontradas nas obras da artista. A maior parte das obras expostas é de propriedade da irmã, Shou Wen Alegretti. Algumas pertencem ao acervo da instituição e outra parte foi coletada entre colecionadores particulares."
www.closeup.com.br/Guia/ItemCategoria.aspx?idCategoria=5&idEvento=917


Os quadros da pintora são extremamente intensos, alguns doloridos, dolorosos ...A angústia, a dor, a tristeza retratadas, por vezes, podem fazer lembrar Frida Kahlo... Quer dizer...Foi o que eu senti ...
Site do MON
Site do Musuem Of Modern Art (MOMA)
Entrem lá em: The Collection... Exposição de desenhos, arquitetura e design, fotografia...

Para quem tiver oprtunidade, duas sugestões imperdíveis!

Peça
Baque
Com Deborah Evelyn, Emilio de Mello, Carlos Evelyn...
Direção: Monique Gardenberg
"Três peças, três tragédias, três monólogos trazem à tona questões básicas de moralidade e resignação humana. Em “Baque” os personagens contam seus segredos como se estivessem em um confessionário. Porém, há uma falsa familiaridade no ar, o que reforça a investigação de Neil Labute sobre a sordidez que se esconde nos mais plácidos ambientes.
Em “Medea Redux”, a personagem parece estar tentando achar uma linguagem para justificar sua própria vida, enquanto narra como foi seduzida por um professor aos 13 anos de idade. Em “Um Bando de Santos”, um jovem casal de universitários relembra um final de semana inesquecível no Rio de Janeiro, onde banalidade, inocência e violência se misturam e em “Efhigenia in Orem”, um simpático homem de negócios precisa repetir e repetir eternamente, a sua terrível tragédia para tentar superá-la." http://www.festivaldeteatro.com.br/ftc_2004_site/programacao_leiamais.asp?id=2735
Dança:
Cia de Dança Deborah Colker
"Depois da estréia mundial na Alemanha, a Cia. de Dança Deborah Colker apresenta ao público do Rio de Janeiro seu novo espetáculo."Nó" traz, mais uma vez, a ousadia do premiado grupo. Bailarinas dançando em meio a 120 cordas, uma mulher presa pelos cabelos, dançarinos amarrados, corpos que se aprisionam e se libertam, enfim, os nós do desejo humano transformados em dança contemporânea. A apresentação tem cenários de Gringo Cardia, figurinos de Alexandre Herchcovitch, iluminação de Jorginho Carvalho e direção musical de Berna Ceppas. "
A primeira foto é do espetáculo Vortex...
A segunda é de



Esta é para as meninas e meninos que curtem eletrônica.
Tudo sobre a história da música eletrônica você encontra no www.di.fm/edmguide/edmguide.html
Além de saber sobre as raízes de todos os ritmos eletrônicos,
você vai poder também ouvir, para complementar o aprendizado.
Outro site "tudo" para visistar é o
O site é do DJ da foto acima, Offer Nissim, que, como vocês podem ver,
estava "botando para quebrar" na pick up!
Ele esteve recentemente em SP e depois no Rio, onde arrebanhou milhares de fãs... :)



The Oblongs são uma família americana suburbana “típica”. A cidade de Hill Valley é dividida em duas (mais ou menos como Brasília, e tantas outras...) De um lado, os moradores da Colina, o bairro chique, onde vivem os “normais”, e do outro, o Vale, onde habita a classe média...
O grande problema do Vale, é que ele recebe todo o esgoto e os produtos químicos dos moradores da Colina e os habitantes acabaram por desenvolver...hmmmmm, digamos, problemas genéticos.

O protagonista Milo tem uns oito anos, é deformado e sofre de hiperatividade aguda. Os pais usam dardos tranqüilizantes para colocá-lo na cama. Quando Milo está calmo diz: “Mãe... Não se preocupe... Já estou medicado.”
O pai, não possui braços e pernas e age e veste, como se fosse Cary Grant. Bob é extremamente dedicado à família e trabalha em uma empresa de pesticidas, apertando as embalagens com... a boca.
A mãe é adorável e afetuosa com os filhos e usa uma peruca enorme e loura, já que não possui cabelos. Pickles Oblong é chegada também numa bebidinha... A família se adora e convive pacificmente com os ricos da Colina, inclusive com as Debbies ( as meninas, ricas, louras, “normais”, mas que parecem clonadas ...) e com os garotos (playboys desumanos). Sobre os coleguinhas das crianças, nem vou falar... Vou mostrar... Olha a foto aí, ao lado...
Convenções sociais, sexo, amor, problemas emotivos, classes sociais, desumanidade,... Tudo é crtiticado mordazmente e questionado pela série, que é apresentada nos EUA pelo Cartoon Network, no programa Adult Swin, com desenhos para público mais maduro.

O desenho é baseado na obra de Angus Oblong, um sujeito excêntrico, que não aparece , dá poucas, mas ótimas entrevitas... Daquelas que você vê que o repórter é um "tapado" e o entrevistado faz questão de mostrar isso... O site dele é www.angusoblong.net/
A
série esta sendo exibida às quartas, onze da noite, na sexta e no sábado, lá pela uma ou duas da manhã, no SBT.
P.S. Ela é bem mais crítica e caústica que Os Simpsons...É ótima!


Alguns episódios

Debbie Desfigurada
Milos e Debbie (a garota mais popular da escola) disputam uma vaga no conselho estudantil. Durante as apresentações dos mesmos, um incidente ocorre e para a infelicidade de Debbie, ela fica desfigurada... Sua turma começa a rejeitá-la e ela encontra consolo em Milos e seus amigos especiais.

A Criança de Ouro
Bob espera por uma promoção no trabalho há anos, mas se decepciona quando seu chefe debocha de suas esperanças. Enquanto isso, Milos inventa um novo refrigerante para ganhar dinheiro e ficar jogando video-game. A bebida dá tão certo que o chefe de Bob, Sr. Klimer, tenta subornar seu funcionário afim de “pegar” a idéia para ele e comercializar.

Get Off My Back
É “dia do lixo” para os habitantes do Valley... os moradores da colina se desfazem de objetos e móveis que não usam mais. A família Oblong vai as compras e cada um trás um objeto de sua preferência, Bob por exemplo, leva uma estátua para a casa. Ele tenta colocá-la no teto com cola mas acaba causando um desastre e Bill e Chip ficam grudados no irmão, Milos.


Gostei do texto, embora ele ainda possua certo ranço...
Daquele tipo que não deixa vislumbrar, de maneira lúcida, a vida e a obra dos que desencarnaram.É "pecado" falar mal dos que já morreram...
" Ajeita o pé do papa que tombou de novo! A cabeça tá balançando, não inclina! Fecha a boca do Papa! João Paulo II, o Sumo Pontífice, passou os últimos dez anos de sua vida atraindo a atenção do mundo por causa dos males de seu corpo, muito mais do que pela grandeza de seu espírito. Achou que seria didático viver sua longa via-crúcis em público, uma aula de sofrimento físico, quando na verdade o que resultou foi, para muitos, um miserável espetáculo de desumanidade.
O clímax deste estranho materialismo espiritual é a veneração ao corpo morto do papa, carregado para lá e para cá no meio da multidão como um Quincas Berro D´Água.Tamanha fixação cadavérica só tem paralelo entre os antigos egípcios, em sua sacralização dos corpos dos faraós. O que fazia todo o sentido, pela convicção de que a morte era apenas um descanso antes da próxima vida – a ser vivida com aquele mesmo corpo. Mas isso foi há cinco mil anos. No século 21 Depois de Cristo, do alto das múltiplas camadas de conhecimento e cultura que sedimentam a vida moderna, uma tal exaltação ao corpo morto – e note-se que não era um general ou um líder político, mas um sacerdote do próprio Deus – só pode denotar alguma pane séria no ideal de religião.
Se os fiéis que entopem os funerais do papa declaram sentir-se, diante de sua figura mumificada, como se estivessem na presença de Deus, é preciso parar tudo e mandar todo mundo de volta à primeira comunhão. Lição número um: Deus é espírito. E os sacerdotes recebem este mandato dos homens por sua elevação espiritual, ou seja, sua suposta capacidade de transcender as razões da matéria e tocar a divindade – onde está, para os religiosos, todo o sentido da existência humana.
O desfile do papa morto pode até fazer algum sentido para os ateus e os materialistas. Desmistificação da santidade, curiosidade mórbida, essas coisas. Mas o mortal que tem alguma presunção de espiritualidade na carcaça deveria tratar de apontar sua emoção para outro lado. Deus não está ali, nem João Paulo, nem Karol Wojtila. Não há mais ninguém em casa. Trata-se apenas de matéria inanimada, a mesma desprezada pelo catolicismo quando censura os impulsos carnais, mas agora paradoxalmente transformada em souvenir religioso. Uma versão bizarra do culto ao corpo.
Talvez a figura do Papa esteja mesmo condenada a ser uma grande miragem. Morto ou vivo. João Paulo II vive sendo descrito como “o papa conservador”, entre outras coisas porque a Igreja, sob seu comando, foi rigorosa contra determinados costumes, como o uso da camisinha. Diagnóstico totalmente equivocado. João Paulo II foi contra a camisinha porque a Aids surgiu na época do seu pontificado. Paulo VI não teve esse dilema. E o próximo papa será contra a camisinha, contra o uso de embriões humanos para pesquisa científica, contra casamento entre homossexuais etc.
A miragem é acreditar que virá do papa a demarcação ética dessas questões.João Paulo II não foi um conservador. Foi dar sua bênção aos pobres, aos desvalidos e desesperançados nos quatro cantos do mundo. Aproximou a Igreja do povo, suscitou a fé nas almas mais alquebradas – o que quer dizer, em última análise, aproximar o homem de Deus. Como se não bastasse, injetou o quanto pôde os princípios de tolerância e comiseração nas relações políticas entre os Estados nacionais. João Paulo II foi essencialmente um libertário. E mostrou com o seu pontificado por que o papa é um líder mundial, cuja influência vai muito além das fronteiras do universo católico.
Toda essa obra combina muito pouco com discórdias sobre onde será enterrado o coração do Papa, que outros rituais seu corpo pode ensejar, por que esquinas passará até que finalmente seja sepultado. Um show de simbolismo estéril, um espetáculo que confunde divindade com marketing. O pastor falou o que tinha que falar, mas as ovelhas, pelo visto, não ouviram direito. (Guilherme Fiuza - nominimo)


Gostei do texto, embora ele ainda possua certo ranço...
Daquele tipo que não deixa vislumbrar, de maneira lúcida, as a vida e a obra dos que morreram




A ong francesa aides (www.aides.org) é a reponsáveis pelas campanhas acima...
Muito legais, não é? As duas últimas são de 2005 e o anúncio diz:
"Sem preservativo, é com a AIDS que você faz amor. Proteja-se"
A de 2004 mostrava a Mulher Maravilha e o Super Homem como
portadores da doença...
Então, crianças: gostaram da campanha? Entenderam o recado?

Leram para mim... Não acreditei, nem me conformei, e passo para vocês ...

No livro, até então, foram 68 páginas sem qualquer citação...

Isso sem falar no texto meio confuso e tendendo a exibição...
Os autores pulavam de um assunto para o outro, sem terminar o anterior, claro...
Generalizam quase tudo e não explicam muita coisa (citação para que saibamos que conceito ele usa para determinada classe/tribo, nem pensar!).

Tipo, colocam no mesmo saco: clubbers, cybers ( que eles não caracterizam, e pelo visto, não sabem o que é) e models (sabe-se lá o que eles quiseram dizer ou conceituar...).
Além disso, tiram completamente a importância dos, por exemplo, punks, enquanto movimento... Por fim, na verdade, começo, para desespero geral, dizem o seguinte:

“Uma sociedade merece tal designação (democrática) quando fornece aos seus membros condições pra seu desenvolvimento moral e possibilidades reais de atendimento material àquelas expectativas que lhes são dirigidas na forma de obrigações, deveres e promessas empenhadas. De outro lado, esses membros anuem em cooperar com sua comunidade, abstendo-se de prejudicá-la e , quando possível, empreendendo ações altruístas para seu aprimoramento. O equilíbrio havido nessa mutualidade, estabelecida entre indivíduo e sociedade, incrementa a própria legitimidade do pacto social. Isso tudo assim resulta porque, quando os indivíduos recebem a chance de ser alguém (itálico do autor) perante seus parceiros de convívio e perante suas auto-estimas, essa chance, essa chance além de altamente valorizada, tende a ser traduzida, no atendimento a certos deveres próprio de que é ou se tornou alguém (itálico do autor): mais confiabilidade, mais sociabilidade, mais HONESTIDADE (letras maiúsculas minhas!), mais solidariedade, mais respeito à coisa pública, mais responsabilidade, mais vergonha moral, Mais decência.(! exclamação minha!” (...)

A falta de sensibilidade e o elitismo dos autores é, ao mesmo tempo, esclarecedora e chocante.
Dê condição e o pobre, o favelado (termo que ele chega a utilizar no livro) não vai sair por ai "sacaneando" a classe alta, nem a média.

Porque, “quando ele recebe a chance de ser alguém, (Porque?? Ele já não é alguém????? Ele já não merece respeito????????? E ser alguém pressupõe ser o que para estes senhores??????), ele é ou vai se tornar (MEU DEUS! ) alguém MAIS HONESTO (é pobre que mata vigia e continua com pensão de R$14,900,00...) mais SOLIDÁRIO( QUEM AJUDA QUANDO DESPENCA BARRACO NO MORRO? A CLASSE ALTA???) , vai ter mais respeito pela coisa pública (É QUE POBRE ADORA QUEBRAR TUDO, PIXAR TUDO... FILHO DE CLASSE MÉDIA NÃO FAZ ISSO, CLARO...), tem mais vergonha moral (CLARO, TEM MUITO POBRE TROCANDO FAVOR SEXUAL POR lugar em gabinete... E AFINAL, O QUE ELE QUIS DIZER COM ISSO?), Mais decente (CLARO , ESTÁ CHEIO DE FAVELADO NO SENADO E NA CÂMARA...)

Não satisfeitos, continuam:

“(...) mas como exigir de uma mãe faminta em um barraco, que não se empregue
na distribuição de cocaína nas favelas do rio de janeiro? (...)


Então eu deixo as notícias falarem por mim, e as achei em 15 segundos de pesquisa:

"O crime mora na classe média
Como gente abastada domina o tráfico de ecstasy e agora também participa de assaltos à mão armada"
NELITO FERNANDES E SOLANGE AZEVEDO COM PALOMA COTES

“Só neste ano, a Polícia Federal prendeu 69 traficantes bem-nascidos, em aeroportos, raves e boates. No Estado de São Paulo, o Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc) deteve 180 universitários pelo mesmo motivo.”
http://revistaepoca.globo.com/Epoca/0,6993,EPT1040826-1653,00.html

Sociedade :: Federais assustam a elite - Daslu dá golpe (-Edição Época 374 - 18/07/2005

O livro? Fudamentação Ética e Hermenêutica.
Os autores: Edmundo L. de Arruda Jr. (Titular de Sociologia Jurídica do Curso de Direito da UFSC) e Marcus Fabiano Gonçalves (Mestre e Doutor em Filosofia pela Sorbonne )

Estou falando sério... O que esperar, se estes são alguns dos nossos doutores?

Um poema, dentre tantos maravilhosos, de Afonso Romano de Santana.
A implosão da mentira
Afonso Romano de SantAnna
Mentiram-me.
Mentiram-me ontem
e hoje mentem novamente. Mentem
de corpo e alma, completamente.
E mentem de maneira tão pungente
que acho que mentem sinceramente.
Mentem, sobretudo, impune/mente.
Não mentem tristes. Alegremente
mentem. Mentem tão nacional/mente
que acham que mentindo história afora
vão enganar a morte eterna/mente.
Mentem.Mentem e calam. Mas suas frases
falam. E desfilam de tal modo nuas
que mesmo um cego pode ver
a verdade em trapos pelas ruas.
Sei que a verdade é difícil
e para alguns é cara e escura.
Mas não se chega à verdade
pela mentira, nem à democracia
pela ditadura.

Fragmento 2
Evidente/mente a crer
nos que me mentem
uma flor nasceu em Hiroshima
e em Auschwitz havia um circo
permanente.
Mentem.
Mentem caricatural-
mente.
Mentem como a careca
mente ao pente,
mentem como a dentadura
mente ao dente,
mentem como a carroça
à besta em frente,
mentem como a doença
ao doente,
mentem clara/mente
como o espelho transparente.
Mentem deslavadamente,
como nenhuma lavadeira mente
ao ver a nódoa sobre o linho. Mentem
com a cara limpa e nas mãos
o sangue quente. Mentem
ardente/mente como um doente
em seus instantes de febre.Mentem
fabulosa/mente como o caçador que quer passar
gato por lebre.E nessa trilha de mentiras
a caça é que caça o caçador
com a armadilha.
E assim cada qual
mente industrial?mente,
mente partidária?mente,
mente incivil?mente,
mente tropical?mente,
mente incontinente?mente,
mente hereditária?mente,
mente, mente, mente.
E de tanto mentir tão brava/mente
constroem um país
de mentira
—diária/mente.

Fragmento 3
Mentem no passado. E no presente
passam a mentira a limpo. E no futuro
mentem novamente.
Mentem fazendo o sol girar
em torno à terra medieval/mente.
Por isto, desta vez, não é Galileu
quem mente.
mas o tribunal que o julga
herege/mente.
Mentem como se Colombo partindo
do Ocidente para o Oriente
pudesse descobrir de mentira
um continente.
Mentem desde Cabral, em calmaria,
viajando pelo avesso, iludindo a corrente
em curso, transformando a história do país
num acidente de percurso.

Fragmento 4
Tanta mentira assim industriada
me faz partir para o deserto
penitente/mente, ou me exilar
com Mozart musical/mente em harpas
e oboés, como um solista vegetal
que absorve a vida indiferente.
Penso nos animais que nunca mentem.
mesmo se têm um caçador à sua frente.
Penso nos pássaros
cuja verdade do canto nos toca
matinalmente.
Penso nas flores
cuja verdade das cores escorre no mel
silvestremente.
Penso no sol que morre diariamente
jorrando luz, embora
tenha a noite pela frente.

Fragmento 5
Página branca onde escrevo. Único espaço
de verdade que me resta. Onde transcrevo
o arroubo, a esperança, e onde tarde
ou cedo deposito meu espanto e medo.
Para tanta mentira só mesmo um poema
explosivo-conotativo
onde o advérbio e o adjetivo não mentem
ao substantivo
e a rima rebenta a frase
numa explosão da verdade.
E a mentira repulsiva
se não explode pra fora
pra dentro explode
implosiva.

* Este poema, que foi enviado a diversos jornais em 1980. Não preciso falar da atualidade dele.
*Foto: Menina chorando durante incêndio na favela do Buraco Quente, zona sul de São Paulo.
Esta foto do repórter-fotográfico J.F.Diório, da Agencia Estado, ganhou em primeiro lugar na categoria "General News" em prêmio concedido pela World Press Photo 2005.


Código 46

Num futuro não muito distante, as cidades são rigidamente controladas e o acesso só é possível por meio de pontos de checagem. As pessoas não são autorizadas a viajar a não ser que possuam o salvo-conduto, um seguro especial de viagem.

Fora dessas cidades o deserto tomou conta, com os cidadãos sem seguro sendo segregados em bairros pobres. William (Tim Robbins) é um homem casado que trabalha como investigador de seguros. Quando sua empresa o envia para uma outra cidade para resolver um caso de salvo-condutos forjados, ele encontra Maria (Samantha Morton). Apesar de descobrir que Maria é a culpada pelas fraudes, ele se apaixona por ela. William volta para casa sem denunciá-la, mas não a esquece. Porém, quando o salvo-conduto forjado provoca uma morte, ele é obrigado a retornar à cidade para reencontrar Maria.
"Mergulhado em um clima de constante melancolia, Código 46 divide com O Dogma do Amor um inconfundível tom noir que combina perfeitamente com o temperamento de seus protagonistas - e boa parte da trama, é claro, transcorre à noite, já que, para evitar as doenças provocadas pelo Sol, as pessoas passam a dormir durante o dia e trabalhar no período noturno (com exceção daquelas que moram fora das grandes cidades – o que, inclusive, é utilizado pelo filme como um curioso contraponto entre a frieza da civilização moderna e a irracionalidade dos excluídos). (...) De todo modo, há um som universal, que dispensa traduções, para ilustrar a competência deste filme: o de aplausos." http://www.cinemaemcena.com.br/crit_editor_filme.asp?cod=3623

O filme é muito belo e melancólico e esqueci de mencioná-lo na listagem da outra postagem... E possui um dos finais mais tristes que vi nos últimos tempos...Tudo ao som de Coldplay - Warning saign - É de ficar muito sensibilizado...Muito mesmo...


O CD NOVO DA MADONNA É TUDO PARA DANÇAR!

Obrigado às amigas saudosas:
Alexia MacQueen, Guilhermina Münch, Dori Dildo e Laura De Peignoir

Ótimo site para os jornalistas e para a comunidade em geral:


http://www.guiadh.org/

Entre e veja.

TVs e OAB preocupadas com ação contra programas homofóbicos

Parece que a artilharia contra a homofobia na TV está dando resultado.
(o povo começou a ficar incomodado!)
Depois da liminar que tirou a emissora da Rede TV! em SP do ar, as TVs estão em alerta.Segundo o colunista Daniel Castro , da Folha SP, executivos da Globo, Record, Band e Rede TV! estão se reunindo por conta dos acontecimentos e temem que a ação tenha aberto um precedente perigoso.
A Abra (Associação Brasileira de Radiodifusores, que reúne Band, SBT e Rede TV!) divulgou na sexta,18/11, nota oficial em que classifica a "medida truculenta que retirou dos telespectadores o direito de escolha". E conclama as autoridades, judiciais inclusive, "a refletirem sobre a importância para o Brasil de evitar que atos de censura não se repitam".

E a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de São Paulo divulgou nota em que manifesta preocupação com "decisões judiciais que restringem o pleno exercício da liberdade de expressão".
http://glsplanet.terra.com.br/cgi-bin/viewnews.cgi?category=7&id=1132668985

Por que a OAB não se preocupa com decisões do tipo que dão pensão de 100% do salário (R$14.900,00) para o juízes que matam vigias em supermercados ?
Essas devem dar trabalho...No final das contas,é o próprio judiciário que achincalha sua moral...













Agradeço a frequente colaboração das alunas , Nanachara, Nana e Greice ... Muito obrigado, meninas... A discussão e a troca de idéias é sempre salutar...

Quanto ao tema, acabo concordando com a Greice... Acho que foi insuficiente, mas se você quiser também aprende, basta interesse. Por que? No meu caso, por exemplo, quando aprendi a diagramar nem tinha computador direito :) ... Tive que correr atrás, gente... Todo mundo têm!

1 - Nunca digam: "o professor me deu tal nota." (geralmente baixa). Se O professor é gente boa e acessível, quem deu a nota de vocês, foram VOCÊS.
2 - Não ignorem o professor e achem que os avisos sobre cópia, plágio e etc, são bobagens... Plagiou uma frase, um parágrafo, um trecho, um trabalho... é ZERO!
Bem, devido aos problemas que tive em alguns trabalhos solicitados na disciplina de fotografia, "aviso aos navegantes":
PLÁGIO É CRIME

Plágio, segundo o dicionário Aurélio, é: "Assinar ou apresentar como seu (obra artística ou científica de outrem)". A origem etimológica da palavra ilustra o conceito que ela carrega: vem do grego (através do latim) "plágios", que significa "trapaceiro" (...)
Juridicamente falando:

DOS CRIMES CONTRA A PROPRIEDADE IMATERIAL
A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 5º, inciso XXVII, prescreve: “aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar”;
Sobre os danos produzidos pela violação ao direito autoral, Carlos Alberto BITTAR ensina:"A violação a direitos autorais acarreta sancionamentos em diferentes planos do Direito, em que avulta a perspectiva de reparação de danos sofridos pelo lesado, tanto de ordem moral como de ordem patrimonial, os primeiros referentes à lesão de componentes pessoais do relacionamento autor-obra, os segundos à de cunho pecuniário" (BITTAR, Carlos Alberto. Contornos Atuais do Direito do Autor, São Paulo: RT, 1992, p. 201).
Lei dos Direitos Autorais - Lei n. 9.610/98 – Regulamenta os direitos autorais no Brasil, estabelecendo que os textos de obras literárias, independentemente do registro na entidade pública competente, gozam de proteção e asseguram ao autor direitos morais e patrimoniais, cabendo ao autor o direito exclusivo de utilizar, fluir e dispor da sua obra. A violação dos direitos autorais é crime e acarreta ao infrator sanções administrativas, bem como responsabilidade civil e criminal.
DIREITO PENAL

DOS CRIMES CONTRA A PROPRIEDADE IMATERIAL“Art. 184 - Violar direitos de autor e os que lhe são conexos:
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa.
§ 1º - Se a violação consistir em reprodução total ou parcial, com intuito de lucro direto ou indireto, por qualquer meio ou processo, de obra intelectual, interpretação, execução ou fonograma, sem autorização expressa do autor, do artista intérprete ou executante, do produtor, conforme o caso, ou de quem os represente:Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa...”.
Assim, toda reprodução sem autorização do autor implica em lesão à propriedade intelectual do autor que merece ser protegida em ação de condenação indenizatória (danos morais e patrimoniais) assim com a ação criminal art. 184 do CP.
Atos processuais:Informo, outrossim, que excluem da proteção autoral as decisões judiciais, os atos processuais praticados pelos magistrados Ministério Público e Advogados. Assim determina o artigo 8º Lei nº. 9610/98:“Art. 8º - Não são objeto de proteção como direitos autorais de que trata esta lei: ...IV – os textos de tratados ou convenções, leis, decretos, regulamentos, decisões judiciais e demais atos oficiais”.
Exemplos de acórdãos, cujas ementas abaixo se transcrevem:
“TAMG: 19/08/2004 Reprodução de obra literária leva a condenação de editora e autores (AP. CV. 452.815-2 - 1A. CÂMARA CÍVEL)
A 1ª Câmara Cível do Tribunal de Alçada de Minas Gerais condenou Fábio Moraes Hosken, Ana Cristina da Silveira e a Editora Aprenda Fácil, que reproduziram com fraude obra literária sobre criação de avestruzes, a indenizar os autores do livro original, Celso da Costa Carrer e Marcelo Eduardo Kornfeld, em R$11.800,00, por danos materiais e mais R$10.000,00, por danos morais.
A decisão determinou ainda a destruição dos exemplares do livro editado pela Aprenda Fácil.Conforme mostra o processo (apelação cível nº 452815-2), Celso da Costa Carrer e Marcelo Eduardo Kornfeld, zootecnistas e professores universitários, residentes no Estado de São Paulo, são autores do livro "A Criação de Avestruzes no Brasil", obra que foi editada pela Brasil Ostrich, com primeira edição concluída em 1999 e segunda edição editada em 2001. Nesse último ano, foram alertados por criadores de avestruzes e colegas de profissão de que estava circulando uma nova obra sobre o assunto. Ao consultarem o livro "Criação de Avestruz", de autoria dos mineiros Fábio Hosken e Ana Cristina da Silveira, editado pela Aprenda Fácil Editora, de Viçosa (MG), para sua surpresa, verificaram que continha páginas e páginas com escritos exatamente iguais, completamente copiados de sua obra, sem qualquer menção sobre a autoria.
Os paulistas ajuizaram então, contra a editora e os autores da fraude, a ação indenizatória, julgada procedente pelo juiz da 4ª Vara Cível da Capital, que estabeleceu a indenização por danos materiais em R$2.800,00 e a por danos morais em R$10.000,00, determinando ainda a destruição da obra de autoria de Fábio Hosken e Ana Cristina da Silveira.O juiz Fernando Caldeira Brant, relator do recurso no Tribunal de Alçada, sustentou em seu voto que, de acordo com perícia realizada, "comparando-se o livro original com a obra "Criação de Avestruz", constatou-se reprodução de parágrafos, desenhos e gravuras idênticos àqueles de criação dos zootecnistas, sem que no local haja citação alguma que faça referência à obra de onde foram retiradas as reproduções ... Diante disso, não podem os apelantes pretenderem se escusar da responsabilidade de indenizar os apelados, sustentando a ausência de culpa pela contrafação verificada".
O relator confirmou a decisão de primeira instância com relação à destruição dos livros e à indenização por danos morais, mas aumentou a indenização por danos materiais. Segundo o juiz, tendo em vista que já foram vendidos ou doados para escolas 472 exemplares da obra fraudulenta, e considerando seu valor unitário, R$ 25,00, deve-se multiplicar esse valor por 472, o que resulta em R$11.800,00. Os juízes Osmando Almeida e Pedro Bernardes acompanharam o voto do relator”. (SEM GRIFOS NO ORIGINAL)

RESPONSABILIDADE CIVIL. DANO MORAL. DIREITO AUTORAL. FOTOGRAFIA. PUBLICAÇÃO. AUTORIZAÇÃO. SUPRESSÃO DOS CRÉDITOS.
A utilização de trabalho fotográfico profissional sem a autorização do autor e sem dar a este o devido crédito resulta dever de indenizar por dano moral.
APELO PARCIALMENTE PROVIDO. (Apelação Cível Nº 70008053407, Décima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: José Conrado de Souza Júnior, Julgado em 15/04/2004)”.
AÇÃO REIVINDICATÓRIA. DIREITOS AUTORAIS. PRELIMINAR. Os contratantes dos serviços profissionais estão legitimados a responderem ação que visa a responsabilização de plágio. Preliminar afastada. MÉRITO. Verificada, pela perícia realizada, a ampla similitude entre os projetos dos profissionais, impossível desconhecer a existência de plágio. A condenação solidária se impõe porquanto não comprovada participação mais significativa de alguma das partes ao fato. HONORÁRIOS. O percentual fixado está em consonância com o trabalho, o zelo, a complexidade da matéria e o êxito alcançado. Inteligência do artigo 20, §3º, do CPC. Sentença confirmada. Preliminar afastada. Apelos desprovidos. Unânime. (Apelação Cível Nº 70007579550, Décima Quarta Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Walda Maria Melo Pierro, Julgado em 23/09/2004)” .

PLÁGIO É APRESENTAR UMA PALAVRA, FRASE, IDÉIA, ..., DE OUTREM COMO SE FOSSE SUA.

PLÁGIO É CRIME. NÃO O FAÇAM!


As pessoas aprendem a odiar, a intolerar, ... E quem ensina, somos nós...
Vamos, juntos, fazer um esforço, para sermos menos intolerantes e preconceituosos com nossos SEMELHANTES.
Comece por você.

Eu fiz o quadrado colorido para indicar que ali há uma criança... Na verdade, mais uma em meio à guerra... A foto de Ruth Frenson foi premiada.A guerra qual é? Bem, é a do Afeganistão. Mas isso importa?


O racismo, o preconceito, a intolerância, e quem os pratica, são burros porque não conseguem reconhecer as diferenças que são próprias e intrínsecas da raça humana. A solução para esses tipos de mal ,e de muitos outros, está na educação. E educar dá trabalho.

A impressão que tenho é que anteriormente, no tempo da minha avó, educar era passar determinados valores morais (e aí já começcam os poréns) carregados de preceitos religiosos e de senso comum; alimentar também contava, além de deixar a criança sadia. Um único ítem aumentou nesta lista: dar escola (porque me nego a dizer educar. Quem educa não é a escola, (ou, não deve ser, mas muitos pais não querem admitir isso). Além disso, há inúmeras, centenas, milhares de escolas que nada ensinam a não ser a "arte" de imitar).
Para educar você tem que parar de ver o Will Bonner e dar atenção a (o) filha (o); tem que parar de ver o jogo de futebol e ver a ansiedade por uma resposta, nos olhos da criança; tem que acompanhar os estudos, ir na escola; tem que "brincar horas a fio" (e isso é um prazer), tem que perceber as virtudes e as dificuldades morais da (o) filha (o) para ajudá-la; tem que participar; tem que se melhorar, se conhecer, e, acima de tudo, TEM QUE DAR BOM EXEMPLO. É. educar dá trabalho.
É complicado ver que alguns pais tratam os filhos como se fossem desprovidos de inteligência. As crianças, na verdade, “sacam” tudo! Elas observam, acompanham, fazem conjecturas, muito mais do que imitar, tão somente ( o que, dependendo dos pais, é uma temeridade!). E se você ainda não viu isso, essas peculiaridades infantis, é porque não anda prestando atenção na (o) filha (o), na (o) sobrinha (o), na humanidade...
As crianças são individuais, infelizmente acabam transformadas em coletivo, pela simples ausência de acompanhamento e de preparo de quem deveria ajudá-las na caminhada. Por fim, acabam se transformando em clones, caricaturas mal feitas dos parentes ou figuras de traços cubistas, que não são sequer reconhecidas pelos próprios pais, que depois perguntam, cínica-inconscientemente: “O que foi que eu fiz?”

Agora leia sobre o Brasil racista e EDUCAÇÃO tem tudo a ver com isso!

ONU: Fosso entre negros e brancos aumentou no País
Agência Estado

Se existissem dois Brasis, um só com brancos e outro só com negros, o primeiro estaria, no quesito qualidade de vida, ao lado de países europeus relativamente desenvolvidos, como Bulgária e Letônia. O Brasil dos negros, por outro lado, ficaria próximo de países muito pobres, como o Vietnã e a Bolívia. Esse persistente fosso entre brancos e negros é a principal conclusão de uma edição especial do Relatório de Desenvolvimento Humano a respeito do racismo no Brasil.

O trabalho, realizado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), teve como base estudos realizados no País nos últimos anos sobre o assunto. A divulgação ocorreu às vésperas do Dia da Consciência Negra, que será comemorado amanhã. Em 2002, o Brasil ocupava uma posição intermediária no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Pnud, que considera três fatores fundamentais de qualidade de vida: renda, esperança de vida ao nascer e nível de educação. Num universo de 177 países, estava em 73º lugar. Se no Brasil vivessem só os brancos, o País estaria em 44º lugar. Se houvesse apenas os negros, em 104º lugar - considerável distância de 60 posições. O fosso fica ainda mais profundo quando se separam os Estados. A melhor qualidade de vida têm os brancos do Distrito Federal - vivem tão bem quanto na República Tcheca (33º lugar no ranking mundial).

No outro extremo, estão os negros de Alagoas - vivem na mesma precariedade que a população da Namíbia (122º lugar no ranking). “A democracia racial no Brasil é um mito. Os efeitos da escravidão permanecem até hoje”, afirma o assessor do Centro Internacional de Pobreza do Pnud, José Carlos Libânio. O Relatório de Desenvolvimento Humano também mostra a discriminação racial por meio de indicadores socioeconômicos. O número de pobres (com renda per capita inferior a R$ 75,50) no Brasil diminuiu cinco milhões entre 1992 e 2001. Os negros, porém, foram levados na contramão: o número de pobres cresceu 500 mil. Ainda no caso deles, o desemprego é maior e o salário é menor - invariavelmente.

Violência e educação

Na educação, apesar de os índices brasileiros terem melhorado sensivelmente, os negros ainda estudam menos que os brancos. Eles ficam, em média, 2,1 anos a menos que os brancos nas salas de aula. “Estamos falando só da questão quantitativa. Se falássemos da qualitativa, a situação seria muito pior. Normalmente os negros estudam em escolas ruins, com pouca ou nenhuma estrutura, sem professores qualificados, na periferia das cidades”, diz a editora do relatório, Diva Moreira. A tendência se repete quando se trata de segurança. Ser negro significa ser o alvo preferencial da violência que resulta em morte. E também, pelo menos no caso do Rio, a maior vítima da polícia. “Em todos os indicadores sociais possíveis e imagináveis, a situação é a mesma. Se o indicador é negativo, os negros são maioria. Se o indicador é positivo, eles são minoria”, resume Rafael Osório, do Centro Internacional de Pobreza do Pnud.

O relatório foi apresentado ontem no Capão Redondo, um dos bairros mais pobres e violentos de São Paulo. Das oito pessoas que estavam na mesa de apresentação, só duas eram negras. A pequena presença dos negros em posições de influência no País foi um dos problemas apontados pelo relatório. Para o coordenador do Observatório Afrobrasileiro, Marcelo Paixão, essas desigualdades deveriam ter sido enfrentadas há pelo menos 70 anos. “Esse é o tamanho do atraso para um País que foi o último nas Américas a abolir a escravatura e passou o século 20 sem políticas de integração para afrodescendentes. No máximo, fez políticas globais, achando que atenderia todo mundo, o que evidentemente não aconteceu.”



Para quem nunca viu um show de drag queens, aqui vão algumas performances selecionadas :) ... Das top drags até hilárias...

Cha cha heels de Nubia
http://mixbrasil.uol.com.br/tvmix/videos/nubia.asp

Yuri Mix aparece como uma cobra naja e Talessa Top assume paixão espanhola
http://mixbrasil.uol.com.br/tvmix/videos/blue9anos.asp

No "carão", Ebony arrasa no clipe-cover da música 1Thing, da diva Amerie
http://mixbrasil.uol.com.br/tvmix/videos/default_performances.asp

Thália Bombinha de Britney na propaganda da Pepsi
http://mixbrasil.uol.com.br/tvmix/videos/thalia.asp

Márcia Pantera no cabelão
http://mixbrasil.uol.com.br/tvmix/videos/batecabelo.asp


No porta curtas desses dias:

A Perna Cabiluda Uma misteriosa aparição causou pânico em Recife nos anos 70! Da mesma equipe de Cinema, Aspirinas e Urubus, que entra em cartaz como um dos melhores longas brasileiros dos últimos tempos. » atendendo a pedidos dos espectadores!

Mix Brasil no Porta Curtas
O Prêmio Porta Curtas chega ao Mix Brasil - Festival de Cinema e Vídeo da Diversidade Sexual. Até o próximo dia 20, você poderá assistir e votar em 16 dos curtas em exibição no Festival - aproveite! » Indicado para todos os sexos (todos mesmo!)

Todo mundo sabe que o curta-metragem é escola de cinema, celeiro de novos talentos. Confira aqui O Velho, o Mar e o Lago, filme que consagrou o fotógrafo Mauro Pinheiro Jr., o mesmo de Cinema, Aspirinas e Urubus. » Dirigido por Camilo Cavalcante


Em Os Fiéis, três amigos contam as aventuras vividas durante uma famosa partida de futebol. Lembranças, a euforia e a sensação de viverem um momento histórico. » Prêmio Cachaça Cinema Clube de Melhor Crônica de Amizade

Gente, procurem assistir no porta curtas, os filmes experimentais também!
http://www.portacurtas.com.br/


Criei uma nova seção no blog. Como vocês podem ver é a CENA OBSCENA.

Obsceno é : adj. 1. Atentatório ao pudor. (...)
Pudor é: s. m. 1. Sentimento de pejo ou vergonha, produzido por atos ou coisas que firam a decência, a honestidade ou a modéstia. (...)
Decente é: dj. m. e f. 1. Que fica bem; conveniente, decoroso, honesto. 2. Asseado, limpo.*

A seção é para lembrar que, coxas, nádegas, seios, tórax, um corpo que age e interage, todos temos... Que sexo, desejo, paixão, amor, escândalo... fazem parte da vida... E que indecente é isto que está aí em cima...É promover guerras, fomentar o ódio, exercitar a intolerância, a brutalidade, favorecer a discórdia e também SE OMITIR de contribuir para que tudo isto desapareça, ou pelo menos, não seja tão presente em nossos dias ...ISTO SIM, É INDECENTE!

A foto de Kevin Carter (1961-1994), tirada no Sudão**, ganhou o Prêmio Pulitzer em 1993, entre inúmeros outros. Kevin percorria uma aldeia e tirou a foto da menina. Ele afirmou em entrevistas que estava fotografando a criança, mudou de ângulo e, de repente, viu a ave atrás dela.
Carter sofreu um número incontável de críticas porque não ajudou a menina, já que, Journalists at the time were warned never to touch famine victims for fear of disease. This criticism and the death of a close friend in township violence may have contributed to Carter's suicide at the age of 33.*** (Os jornalistas naquele tempo eram avisados para nunca tocar nas vítimas famintas por medo de pegarem doenças.
Algumas das críticas foram muito pesadas e uma delas, do St. Peterburgh Times sentenciou que: the man adjusting his lens to take just the right frame of her suffering, might just as well be a predator, another vulture on the scene."*** ( O homem ajustando sua objetiva para tirar o fotograma correto, pode ser, igualmente, outro predador, mais um abutre na cena.)

Se levarmos em conta que o que interessa é a objetividade, que muitos ainda acreditam,(geralmente aqueles que nunca "toparam" com a "realidade" do mundo e se mantém nas suas mesinhas de escritório mais que seguras. Aqueles que acreditam no mito construído sob frágeis bases - e não falo aqui do óbvio, da função, da tarefa do jornalista de cobrir, de contar, de buscar ambos os lados) ele estava correto.Ou não? Ele não fez seu trabalho e foi embora? Ele não "contou uma história e não se intrometeu no desenrolar dela"? Assim como muitos, todos os dias, em várias profissões, o fazem... Mas e quanto a humanidade? E a subjetividade? E a objetividade da vida?

**A guerra do Sudão

"O Sudão (antiga Núbia), em 1820 tornou-se colônia britânica e em 1899 foi submetido ao domínio egípcio-britânico. Em 1956 obteve a independência. Começou, no sul, a guerrilha do Exército de Libertação do Povo Sudanês (SPLA). Depois de vários golpes, em 1989 tomou o poder o general Omar al-Bashir, que instalou uma ditadura militar. Seu regime foi marcado pela intensificação dos combates e, em 1991, adotou um Código Penal baseado na lei islâmica. Os combates entre a guerrilha do SPLA e o governo islâmico provocaram o êxodo de milhares de pessoas. Cerca de 600 mil refugiados morreram de fome no sul, a 800 km de Cartum, a capital, em 1993."

* Dicionário Michaelis
** http://www.studium.iar.unicamp.br/13/2.html?studium=
*** http://www.thisisyesterday.com/ints/KCarter.html

Dispa-se dos preconceitos cinematográficos... Esqueça Triple X, Velozes e Furiosos, e também aqueles filminhos para adolescente que o povo adora consumir e que Hollywood produz às pencas. Olvide também aquelas películas que passam distante da verdadeira natureza humana e são cheios de príncipes e princesas, amores eternos e gente “legal” (não que eu não acredite nisso: em gente legal e amores eternos, mas nada é perfeito!)... Você esta para ver um filme ADULTO. Por isso, tome tempo. Seja paciente. Seja corajoso.

Pegue-o de preferência na sexta-feira, junto com porcariada popular que vem no pacote das locadoras: o pornô, o infantil, a aventura... Comece a ver DOGVILLE na sexta. E, como conheço a maioria das minhas crianças, já aviso: “_Não desistam, nem corram da raia, porque vocês estão para ver/ter uma das mais ousadas experiências feitas no cinema atual em termos de radicalismo formal e de conteúdo!” Se não conseguirem vê-lo todo... No problem... Vão dormir. Terminem de ver no sábado... Mesmo porque, Dogville é um daqueles filmes que incomodam...
O filme de Lars Von Trier é inspirador. Não somente pela escolha da linguagem, ( uma revolução na forma cinematográfica), dos atores, do roteiro... E explico: para horror dos viventes massificados, o diretor utilizou alguns objetos de cena mas nenhum cenário; apenas linhas pintadas no chão demarcando duas ou três ruas e algumas casas. O cenário invisível (sem paredes, janelas ou portas) permite que o espectador veja os coadjuvantes em seus afazeres longe do foco pri
ncipal da ação. Além de servir como metáfora do filme, não desviando a atenção do espectador para nada além da narrativa, o artifício ressalta a dramaticidade através da encenação. Desse modo, Von Trier consegue estender a profundidade de campo e sublinhar as conseqüências de cada ação individual em relação à comunidade. "Ao abdicar dos cenários e dos adereços, o diretor procurou valorizar o âmago de cada personagem para que o espectador, despojado do “supérfluo” e do “superficial”, pudesse olhar apenas para o que verdadeiramente interessa em seu filme: a desumanidade que “emana” da humanidade."*
Lars Von Trier, meus queridos ex-alunos de Cinema devem conhecer do movimento cinematográfico Dogma 95**. Para os desmemoriados, aqui vai: manifesto nascido na Dinamarca, que procurava contrariar algumas tendências do “cinema comercial”, opondo-se ao conceito de cinema de autor, ao cinema individual e cheio de (de)efeitos especiais. Lars, embora, atualmente, não siga o Dogma 95, está longe de ser apenas mais um diretor que se rendeu a $$$$$$$ de Hollywood, como por exemplo, Martin Scorsese ou Kevin Smith.

Mas vamos a história. Dogville é uma pequena cidade, com pouco mais de uma dezena de residentes, situada em algum lugar entre as montanhas do meio-oeste dos Estados Unidos. A história se passa durante a Grande Recessão Americana na década de 1930. Grace (Nicole Kidman) chega a Dogville fugindo da perseguição de gângsteres. Sob a liderança do morador Tom (Paul Bettany), a comunidade decide acolhê-la, para demonstrar altivez com o estranho, com o “estrangeiro”. Em troca da generosidade, Grace terá de prestar pequenos serviços aos moradores. À medida que o tempo avança, você, entre o chocado e o completamente indignado, verá a doce forasteira ser escravizada, abusada, punida por tentar escapar e delatada aos gângsteres pelo único morador que parecia manter algum traço de força moral. No entanto, quando os bandidos vêm ao encontro de Grace, a revelação de sua identidade provoca uma reviravolta definitiva no filme e na vida dos habitantes de Dogville.

E o filme termina ao som de Young Americans, de David Bowie com imagens de fotodocumentaristas que trabalharam durante a grande depressão americana.
Resta ainda dizer este é o primeiro da trilogia do diretor Lars Von Trier sobre os Estados Unidos. Os demais filmes são
Manderlay (2005) e Washington, que será lançado em 2007.

* ALEXANDRE BUSKO VALIM

** Votos de Castidade dos cineastas do DOGMA 95
1. As filmagens devem ser feitas em locais externos. Não podem ser usados acessórios ou cenografia (se a trama requer um acessório particular, deve-se escolher um ambiente externo onde ele se encontre).
2. O som não deve jamais ser produzido separadamente da imagem ou vice-versa. (A música não poderá, portanto, ser utilizada, a menos que não ressoe no local onde se filma a cena).
3. A câmera deve ser usada na mão. São consentidos todos os movimentos - ou a imobilidade - devidos aos movimentos do corpo. (O filme não deve ser feito onde a câmera está colocada; são as tomadas que devem desenvolver-se onde o filme tem lugar).
4. O filme deve ser em cores. Não se aceita nenhuma iluminação especial. (Se há luz demais, a cena deve ser cortada, ou então, pode-se colocar uma única lâmpada sobre a câmera).
5. São proibidos os truques fotográficos e filtros.
6. O filme não deve conter nenhuma ação "superficial". (Em nenhum caso homicídios, uso de armas ou outros).
7. São vetados os deslocamentos temporais ou geográficos. (Isto significa que o filme se desenvolve em tempo real).
8. São inaceitáveis os filmes de gênero.
9. O filme deve ser em 35 mm, standard.
10. O nome do diretor não deve figurar nos créditos.


Agradeço minhas caras alunas Nana Sperb e a Renata que deram retorno após publicação do blog... Bem e quanto a Britney... Chegamos a um consenso, né Renata :) A Britney é entretenimento e a Madonna não é somente isso :) ... Ela é política!

E mais uma dica: http://www.sonyclassics.com/capote/

O longa conta o trabalho de Truman Capote na árida cidade de Holcomb, no Estado americano do Kansas, onde ele tenta descobrir todos os detalhes sobre o massacre da família Clutter, no ano de 1959.
Em sua jornada, Capote é acompanhado pela amiga de infância Nelle Harper Lee (vivida por Catherine Keener), autora do clássico Não Matem a Cotovia (To Kill a Mockingbird), vencedor do prêmio Pulitzer de 1960.
Ao longo de cinco anos, o escritor e jornalista faz a reportagem intermitente da situação dos assassinos acusados, Perry Smith (Clifton Collins Jr.) e Dick Hickock (Mark Pellegrino), que terminam no corredor da morte.
Num primeiro momento, Capote tenta ajudar os acusados, mas, com o passar dos anos, ele começa a sentir-se culpado por desejar que eles morram para que possa concluir sua obra-prima, A Sangue Frio, publicada em 1966. Com A Sangue Frio, Capote cravou um marco no jornalismo literário, narrando um acontecimento verídico como se fosse um romance policial. O resultado é primoroso. A história da família Clutter — pai, mãe e dois filhos pequenos —, brutalmente assassinada em 1959 na pequena cidade americana de Holcomb, no Estado do Kansas, foi o ponto de partida. Então repórter da revista The New Yorker, Capote debruçou-se sobre a tragédia por seis anos e lançou o livro em 1965, causando tremendo impacto. Continua impactante 38 anos depois.

JORNALISMO LITERÁRIO

Modalidade de prática da reportagem de profundidade e do ensaio jornalístico utilizando recursos de observação e redação originários da ou inspirados pela literatura.Traços básicos: imersão do repórter na realidade, voz autoral, estilo, precisão de dados e informações, uso de símbolos (inclusive metáforas), digressão e humanização.

A coleção "Jornalismo Literário", da editora Companhia das Letras, surgiu para reeditar algumas das maiores reportagens do século 20. O primeiro volume Hiroshima, de John Hersey foi publicado há pouco mais de um ano. Desde então, já foram para as livrarias reportagens de jornalistas como Joseph Mitchell, Truman Capote, Joel Silveira e o último lançamento, Zuenir Ventura.

Camila:
Vc não queria umas indicações de livros...


Acessem este site: www.nra-kkk.org/ e vcs vão ter uma idéia do que os adultos estão fazendo com a infância... Plantando o ódio e a intolerância... Depois me digam se não é grave...



Do ódio nada brota a não ser a intolerância que contamina gerações e mais gerações sem que elas, na verdade, por fim, nem saibam mais porque estão odiando...
Não compactuem com isso. Vocês também são responsáveis ...

Campanha em Defesa da Formação e Regulamentação Profissional dos Jornalistas

Carta à Sociedade

A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), os 31 Sindicatos de Jornalistas a ela filiados em todo país e o Fórum Nacional de Professores de Jornalismo (FNPJ) solicitam a sua adesão à campanha nacional que estamos promovendo em defesa da formação universitária específica de jornalista como condição essencial ao registro para o exercício profissional.
Há quase quatro anos, os jornalistas desenvolvem esta campanha para recuperar um dos pilares da sua regulamentação profissional: o item III do Artigo 4º do Decreto 83.284/79, derrubado por decisão judicial em 1.ª instância. Foi em outubro de 2001, através de liminar da juíza substituta Carla Rister, da 16ª Vara Cível da Justiça Federal, 3ª Região, em São Paulo, que suspendeu a obrigatoriedade da exigência do diploma de Curso Superior de Jornalismo, reconhecido pelo MEC, para a obtenção do registro profissional.
Desde então, com o apoio de todos os Sindicatos de Jornalistas do País, a FENAJ trava uma batalha na Justiça Federal paulista tentando reverter a decisão. O processo permanece, desde dezembro de 2003, no TRF-3ª Região à espera da análise de recurso impetrado pela FENAJ e Sindicato dos Jornalistas de São Paulo.
É importante esclarecer, já de início, que a defesa da formação específica para o exercício do jornalismo está longe de ser uma questão unicamente corporativa. Trata-se, acima de tudo, de atender à exigência cada vez maior, na sociedade contemporânea, de que os profissionais da comunicação tenham um alto nível de qualificação técnica, teórica e principalmente ética. Com este entendimento e:
considerando que, depois de 60 anos de regulamentação profissional e 80 de lutas pela formação superior em Jornalismo, enfrentamos agora a clara ameaça do fim de quaisquer exigências legais para o exercício da profissão de jornalista;
considerando que o ataque à profissão jornalística é mais um ataque às liberdades sociais e às profissões em particular, cujo objetivo fundamental é desregulamentar as profissões em geral e aumentar as barreiras à construção de um mundo mais pluralista, democrático e justo;
considerando que a decisão judicial acarreta claros prejuízos à ética profissional, avilta as condições de trabalho e salariais dos jornalistas e abre espaço para a contratação, nas empresas jornalísticas, de apadrinhados políticos e ideológicos sem a essencial formação específica na área;
considerando que a existência de uma imprensa livre, comprometida com os valores éticos e os princípios fundamentais da cidadania, portanto cumpridora da função social do jornalismo de atender ao interesse público, depende também de uma prática profissional qualificada;
considerando que uma das formas de se preparar, de se formar jornalistas capazes a desenvolver tal prática é através de um curso superior de graduação em jornalismo e que já existe liberdade garantida para quem quiser expor sua opinião na imprensa, como entrevistado ou articulista de uma determinada área;
considerando, finalmente, que se a decisão for mantida, atinge profissionais e estudantes de jornalismo numa de suas principais conquistas, desrespeita as identidades de cada área (e com isso desrespeita também as demais), e fere frontalmente a sociedade em seu direito de ter informação apurada por profissionais, com qualidade técnica e ética, bases para a visibilidade pública dos fatos, debates, versões e opiniões contemporâneas, atacando portanto o próprio futuro do país e da sociedade brasileira;

Solicitamos o seu engajamento nesta campanha em defesa da formação superior específica para o exercício da profissão de Jornalista, através da promoção e/ou participação em atividades programadas pela FENAJ, Sindicatos e FNPJ e também do envio de moção de apoio para: STF (Supremo Tribunal Federal), TRF 3ª Região (Tribunal Regional Federal da Terceira Região), STJ(Superior Tribunal de Justiça), Procuradoria-Geral da República, Câmara Federal e Senado, Procuradoria-Geral do Trabalho,Tribunal Superior do Trabalho e Conselho Superior da Justiça Federal, além do encaminhamento de uma cópia para a FENAJ. Os endereços eletrônicos seguem abaixo. O modelo de moção está em anexo e também pode ser encontrado nos sites da FENAJ, do FNPJ e dos Sindicatos em todo o país.

Saudações sindicais!