Aos meus familiares, amigos, ex-alunos e colegas, desejo em 2009:




Lembre-se: "You can dance, you can jive, having the time of your life"
Tradução absolutamente livre: Você pode dançar, "swingar", e se divertir muito!
Dancing queen - Mama Mia! The Musical - Meryl Streep, Pierce Brosman...




Muito antes delas:







... Leila Diniz.





A niteroiense Leila Diniz subverteu o quanto pôde. Sem nunca ter lido uma cartilha feminista, mas já sendo, exibiu um estilo de vida que pregava a liberdade. Foi uma precursora nata do movimento. ”Você pode amar uma pessoa e ir para a cama com outra. Isso já aconteceu comigo”, dizia com toda a autoridade.

A dona do ensinamento morreu em 1972, com 27 anos. Quando as brasileiras ensaiavam a entrada maciça no mercado de trabalho, Leila já defendia seu sustento – primeiro como garota de teatro de rebolado, depois como atriz de televisão e cinema. Em pleno regime militar, quando se mediam palavras e gestos, ela buscava brechas no cotidiano para desafiar o autoritarismo. Era uma ativista desgarrada de palavras de ordem e de organizações clandestinas.
Foi convidada, em 1969, a dar uma entrevista para O Pasquim, tablóide que fazia da irreverência uma trincheira. Leila disse tantos palavrões ao longo da conversa (substituídos ironicamente por asteriscos nas páginas do jornal) que o então ministro da Justiça, Alfredo Buzaid, meses depois, determinou que houvesse censura prévia aos meios de comunicação, em nome da moral e dos bons costumes. A medida entrou para a história como “decreto Leila Diniz”.
A atriz ficou na mira dos generais, teve inúmeros contratos de trabalho cancelados, mas não perdeu a pose: casou-se e, no auge da gravidez, ostentou o barrigão nas areias de Ipanema, causando calafrios nos moralistas. Isso, num tempo em que a esmagadora maioria do clero brasileiro pregava o ato sexual de marido e mulher com o fim exclusivo de procriação. Para Leila, sexo era sinônimo de revolução. http://epoca.globo.com/edic/20020304/especial1a.htm



Jornalismo Literário



Primeiro título da Cosac Naify na seara da reportagem, conduz seus leitores a uma viagem singular ao interior da maior rodoviária da América do Sul, o Terminal do Tietê, em São Paulo.
Os recursos narrativos usados ao longo deste pequeno volume (amarelo) são os mais diversos possíveis: da reportagem clássica, com farto apoio de documentação histórica sobre a criação da rodoviária, até o nonsense , que se evidencia, por exemplo, no capítulo em que a autora apresenta um "gerador automático de reportagens".

O livro amarelo do Terminal, projeto iniciado há cinco anos é um olhar arguto que a escritora faz com que ela enxergue em meio ao tumulto do Tietê. Personagens como o sr. Creso, que passa todos os dias na rodoviária pontualmente às 19h para cumprimentar os funcionários, o vendedor de malas Hugo, "o Mala", um bebê que dança pelo saguão do terminal com uma bolacha de maisena na mão e uma infinidade de freiras e de surfistas. Ao longo d' O livro amarelo Barbara nos apresenta ainda aos dedicados busólogos, grupo de aficionados por tudo o que diga respeito aos ônibus, e faz um rasante pelo universo burocrático-místico da empresa que controla a rodoviária, a Socicam , ao tentar conseguir alguns dados técnicos sobre o terminal.
Ao mesmo tempo que se preocupa com o macro, a autora deixa claro o seu interesse pelas histórias anônimas. Em um dos capítulos traz uma "história oral do Tietê", feita a partir de fragmentos de conversas colhidas ao acaso. Noutros capítulos reproduz os recados do locutor Marcos, "A voz mais sedutora do Oeste", a voz da velhinha que pára no balcão de informações e pergunta "Moça, onde é que eu faço inscrição para ir pro Iraque" e registra trechos dos hits musicais do Tietê.
Essa mesma polifonia da rodoviária está transposta no projeto gráfico elaborado pela diretora de arte da Cosac Naify Elaine Ramos e por Maria Carolina Sampaio. Por serem de gramatura mais fina, as páginas (amarelas) do livro permitem uma transparência maior. A sobreposição parcial das letras emula a bagunça estética do Tietê. Para os três capítulos de cunho mais histórico optou-se por um papel semelhante ao carbono, material muito utilizado na confecção de bilhetes de ônibus.

Toda essa aparente anarquia acaba perfazendo um retrato nítido de um espaço importante da cidade de São Paulo. Assim, ao voltar à rodoviária em abril deste ano para escrever o capítulo de conclusão do trabalho, iniciado em 2003, ela conclui que alguns elementos da rodoviária mudaram, que alguns de seus personagens saíram de cena, mas que o terminal continua funcionando como uma "versão condensada do mundo", como apontou na orelha do livro o jornalista e documentarista João Moreira Salles."http://www.cosacnaify.com.br/noticias/flip2008/olivroamarelo.asp


Emily Dickinson


Vida contemporânea







Porque é sempre boa em algum momento
http://www.revistapiaui.com.br/artigo.aspx?id=343&anteriores=1&anterior=102006

Vicky Cristina Barcelona




Mais por Penelope Cruz e Javier Barden do que por Woody Allen.
http://br.youtube.com/watch?v=IcxA7TFUiXk



O Silêncio de Lorna

"Uma imigrante albanesa, Lorna, se casa com o drogado Claudy. Para ela, o casamento de aparência traria a cidadania belga e para ele, dinheiro para sustentar o vício. Mas os dois acabam se envolvendo emocionalmente e, assim, podem estragar os planos do "agenciador" do casamento, que espera que ele morra de overdose para Lorna casar novamente, desta vez com um russo, também trocando a cidadania por dinheiro."http://www.cenasdecinema.com/2008/11/o-silncio-de-lorna.html

http://www.youtube.com/watch?v=sG8COh94UCc&feature=PlayList&p=FFCB92479B3F41BA&index=0&playnext=1



A bailarina de vermelho





Anticlássico - Uma Desconferência e o Enigma Vazio"- O espetáculo tem como objetivo pensar o cânone contemporâneo a partir de uma provocação: a oposição clássico x contemporâneo. Uma bailarina de vermelho saída de um quadro de Dégas se torna acadêmica no Brasil, bebe Campari e profere uma desconferência sobre o enigma vazio (metáfora da contemporaneidade). Diz-se amiga íntima da Monalisa e mescla Benjamim, Foucault, Derrida, Kristeva, satirizando a linguagem acadêmica. Diz ter sido namorada de celebridades modernistas como Diaghilev, Nijinsky, Picasso, Kandinsky, ídolos pop como Elvis Presley, Charles Aznavour e ícones contemporâneos como o compositor pós-moderno John Cage. Atualmente, ela vive um affair com um jovem- punk- concertista- que toca- sonatas- de - Chopin, alé de servir a prima-dona, num misto de bad-pet-boy e mordomo-sado-maso.

Através do jogo de contrastes, a peça tem a pretensão de fazer rir e pensar. O punk e a bailarina. Racionalismo e fisicalidade. A cultura milenar européia e o tropicalismo "terceiromundista" brasileiro. Louvre e MASP. Praça Tiradentes e São Petersburgo. Alta cultura e cultura de massa. O sério e o satírico. O pop e o sofisticado. Hamlet e Sid Vicious. Moderno e pós-moderno. Clássico e contemporâneo."
http://abailarinadevermelho.blogspot.com/
http://br.youtube.com/watch?v=7kLa1NPB4jU
http://br.youtube.com/watch?v=WYwAjc3G7IQ&feature=related





KIM JOON é um artista coreano que nasceu em 1966 e há tempos faz experiências estéticas com corpos e pelo site dele percebe-se a evolução do trabalho. Kim estudou tatuagem com enfoque em psicoanálise, antropologia e sociologia. Ele mescla foto, 3D e digital painting e preenche bem o canvas da tela com curvas e corpos enrroscados, chegando nesse resultado bem interessante e brincando com as proporções reais.
http://www.kimjoon.co.kr/





Jun Nakao

Quando criança desmontava objetos eletrônicos para ver como funcionavam. Nada mais natural do que fazer engenharia eletrÔnica, o que chegou a cursar, mas não terminar. No meio do caminho a MODA e a ARTE atropelaram o paulista.

Fortemente influenciado pela tecnologia, pela estética japonesa e pelos filmes de animação, seus desfiles já se tornaram um acontecimento cercado de grande expectativa. Performático, o estilista gosta de causar impacto, mas sempre com grande encantamento da platéia.
http://www.jumnakao.com.br/





Você sabe quem é Orlan?
"Uma sala decorada com cores, brilhos e texturas extravagantes, compondo uma cenografia cheia de excessos. Nela, música e dança simultânea à leitura de textos filosóficos, literários, psicanalíticos e por aí vai. O figurino desenhado por estilistas. Tudo especialmente preparado para a surgery-performance da nada convencional artista francesa Orlan.
A sala a qual me referi, uma sala cirúrgica. Os textos – de Antonin Artaud, Michel Serres, Julia Kristeva etc- lidos pela Orlan enquanto os cirurgiões e auxiliares, todos com seus figurinos exclusivíssimos, cortam, esticam e moldam o corpo da mulher. E com a devida repercussão nos meios de comunicação – transmissão ao vivo, participação por telefone dos espectadores, fotos etc. The Reincarnation of St Orlan foi o nome que a artista deu à essa performance cirúrgica, composta por uma série de nove (!!!) operações plásticas, realizadas entre 90 e 93 – era só esperar as cicatrizes sararem e partir pra outra. E mais: fez questão de sempre estar consciente, se agüentando só com anestesia local. E a cada cirurgia (ou melhor, a cada novo ritual), um outro cenário, diferentes textos etc. E um novo corpo e uma nova face. Orlan pratica oque chama de "carnal art", esculpir na própria carne, usando as tecnologias do nosso tempo, crítica à obsessiva busca pelo corpo perfeito, desejado, o objeto de consumo.
A impressão é de que a artista tenta desajustar, corromper e mostrar a face da compulsão doentia dessas transformações. Ela está, na verdade, interessada no processo, em mostrar q tem mto sangue, carne aberta, excreções e riscos nessas tentativas de adaptar o corpo às cruéis necessidades culturais do “seja lindo e feliz pra sempre”. Mostrar a fragilidade do corpo mesmo em face das tecnologias de remodelamento mais avançadas. " http://imaginariodigital.blogspot.com/2007/05/orlan-corta-estica-e-puxa.html
Para saber mais. Artigo cinetífico sobre o trabalho da performer.
Seleção para a Orquestra...Youtube
"Imagine uma grande orquestra formada com músicos do mundo inteiro, mas que nunca se viram pessoalmente ou tocaram juntos antes. Essa é a idéia por trás da Orquestra Sinfônica YouTube, que tem a coordenação do compositor chinês Tan Dun, responsável pela trilha sonora de filmes como "O Tigre e o Dragão".
Dun criou uma peça especialmente para a Orquestra Sinfônica YouTube, chamada "Uma Sinfonia para o YouTube". A composição foi executada pela Sinfônica de Londres e pode ser vista e ouvida no site de vídeos.A parte mais bacana é que músicos de todo o mundo podem baixar as partituras na página da Orquestra e depois gravar suas performances em vídeo. As melhores execuções serão usadas em uma montagem para fazer um vídeo virtual com a peça.Músicos profissionais podem ir além: gravar uma ou duas peças indicadas pelo maestro e depois enviar o vídeos pela internet, como se fosse uma audição virtual.
Os finalistas vão ser escolhidos por especialistas em música erudita e serão convidados para tocar, em abril de 2009, "Uma Sinfonia para o YouTube" no Carnegie Hall, em Nova York, sob a direção de Michael Tislon Thomas.Os interessados devem enviar os vídeos com suas performances até o dia 28 de janeiro de 2009."http://idgnow.uol.com.br/internet/2008/12/02/orquestra-sinfonica-youtube-seleciona-musicos-para-audicao-virtual/