O diretor Brian de Palma ainda acredita que imagens podem mudar a história...
Perguntar eventualmente ofende, mas vou fazer mesmo assim: será que ele tem acompanhado os notíciários de outras guerras que não as que os americanos estejam envolvidos? Ou será que guerra é um desastra somente quando morrem americanos? No entanto qualquer coisa que questione e evidencie a idiotice da guerra vale a pena e além disso, ele é um grande cineasta.

"São as imagens irão parar a guerra do Iraque", diz Brian De Palma



"Redacted" - o título do novo filme do diretor, vem da palavra usada na censura de material editado de documentos antes que eles venham a público, por questões de segurança nacional - do jeito contrário, filmando em locações, com uma fotografia urgente e suja e um elenco de desconhecidos.

O cineasta, que dirigiu clássicos como "Carrie, a Estranha" (1976), "Scarface" (1983) e "Os Intocáveis" (1987), agarrou a oportunidade. Depois de refletir, ele decidiu filmar seu próprio roteiro, uma história sobre a guerra no Iraque que chega na hora certa e que recupera temas de seu drama sobre o Vietnã "Pecados de Guerra" (1989).

Financiado pela HD Net Films, De Palma foi até a Jordânia - filmar no Iraque estava obviamente fora de questão - e rodou um filme cru e poderoso, que é violento e difícil de assistir, que não poupa nenhuma porrada. Contado em um estilo pseudo-documental, o filme é livremente baseado no estupro e morte de uma garota iraquiana de 14 anos, e o assassinato de sua família, por um grupo de soldados americanos em março de 2006."

Para os fãs de Eduardo Coutinho

"Coutinho entrelaça realidade e ficção em "Jogo de Cena"

Conhecido por um estilo que procura a maior naturalidade possível dos entrevistados e a menor interferência do diretor, como fez em seus premiados trabalhos anteriores, "Santo Forte" (1999), "Edifício Master" (2002) e o clássico "Cabra Marcado para Morrer" (1985), o cineasta Eduardo Coutinho retoma o começo de sua carreira em seu novo trabalho, "Jogo de Cena", que estréia nesta sexta-feira.


Iniciando-se como cineasta com a ficção "O Homem que Comprou o Mundo" (1967), Coutinho volta a escalar atores num trabalho, coisa que faz pela primeira vez num documentário. Uma das atrizes é Marília Pêra, que estreou no cinema justamente em "O Homem que Comprou o Mundo".

Marília, Fernanda Torres e Andréa Beltrão são as três atrizes famosas que o diretor convocou para recriar em cena algumas histórias reais de mulheres.

São todas mulheres, aliás, as personagens de "Jogo de Cena", alternando-se depoimentos reais e as recriações das atrizes. Como algumas não são famosas, isto faz com que o espectador se pergunte o tempo todo qual é o depoimento real, qual o encenado, o que só se descobre no final, com algumas surpresas. Também as atrizes fogem às vezes do script e contam coisas pessoais. Esse jogo que busca romper fronteiras entre documentário e ficção é justamente o que interessa a Coutinho.

As mulheres que aparecem no filme foram selecionadas a partir de anúncios publicados em jornais. Oitenta e três mulheres compareceram dispostas a contar suas histórias de vida, como pedia o anúncio. Depois de um processo preliminar de entrevistas, método habitual de Coutinho e sua equipe, restaram vinte personagens. Na tela, o número de histórias caiu para menos de metade. A escolha dependeu mais da capacidade de narração de cada entrevistada do que propriamente dos fatos de sua vida.

Para interpretar seus papéis, as atrizes receberam versões editadas dos depoimentos em DVD e também o conteúdo integral deles, por escrito. A partir desse material, tinham liberdade de encontrar uma forma de interpretar diante da câmera. Tanto as atrizes quanto as mulheres anônimas falam a Coutinho no cenário único do Teatro Glauce Rocha, no Rio. E o diretor supera-se magistralmente, mais uma vez, encontrando novos caminhos para seu cinema tão particular. (Por Neusa Barbosa, do Cineweb)" http://tvuol.uol.com.br/cinema/trailers/2007/11/08/ult2489u1444.jhtm


"Eu apresento a página branca.

Contra:

Burocratas travestidos de poetas
Sem-graças travestidos de sérios
Anões travestidos de crianças
Complacentes travestidos de justos
Jingles travestidos de rock
Estórias travestidas de cinema
Chatos travestidos de coitados
Passivos travestidos de pacatos
Medo travestido de senso
Censores travestidos de sensores
Palavras travestidas de sentido
Palavras caladas travestidas de silêncio
Obscuros travestidos de complexos
Bois travestidos de touros
Fraquezas travestidas de virtudes
Bagaços travestidos de polpa
Bagos travestidos de cérebros
Celas travestidas de lares
Paisanas travestidos de drogados
Lobos travestidos de cordeiros
Pedantes travestidos de cultos
Egos travestidos de eros
Lerdos travestidos de zen
Burrice travestida de citações
água travestida de chuva
aquário travestido de tevê
água travestida de vinho
água solta apagando o afago do fogo
água mole sem pedra dura
água parada onde estagnam os impulsos
água que turva as lentes e enferruja as lâminas
água morna do bom gosto, do bom senso e das boas intenções
insípida, amorfa, inodora, incolor
água que o comerciante esperto coloca na garrafa para diluir o whisky
água onde não há seca
água onde não há sede
água em abundância
água em excesso
água em palavras.

Eu apresento a página branca.
A árvore sem sementes.
O vidro sem nada na frente.
Contra a água."

Arnaldo Antunes in Tudos





Declaração de amor
Esta é uma confissão de amor: amo a língua portuguesa. Ela não é fácil. Não é maleável. E, como não foi profundamente trabalhada pelo pensamento, a sua tendência é a de não ter sutilezas e de reagir às vezes com um verdadeiro pontapé contra os que temerariamente ousam transformá-la numa linguajem de sentimento e de alerteza. E de amor. A língua portuguesa é um verdadeiro desafio para quem escreve. Sobretudo para quem escreve tirando das coisas e das pessoas a primeira capa de superficialismo.
Às vezes ela reage diante de um pensamento mais complicado. Ás vezes se assusta com o imprevisto de uma frase. Eu gosto de manejá-la - como gostai a de estar montada num cavalo e guiá-lo pelas rédeas, às vezes lentamente, às para nos dar para sempre uma herança de língua já feita. Todos nós que escreve-nos atamos fazendo do túmulo do pensamento alguma coisa que lhe dê vida.
Essas dificuldades, nós as temos. Mas não falei do encantamento de lidar com uma língua que não foi aprofundada. O que recebi de herança não me chega.
Se eu fosse muda, e também não pudesse escrever, e me perguntassem a que língua eu queria pertence r, eu diria: inglês, que é preciso e belo. Mas como não nasci muda e pude escrever, tornou-se absolutamente claro para mim que eu queria mesmo era escrever em português. Eu até queda não ter aprendido outras línguas: só para que a minha abordagem do português fosse virgem e límpida. Clarice Lispector in A descoberta do mundo.

"Guerreiras" do câncer mostram seios reconstruídos em livro;
Um livro recém-lançado na Grã-Bretanha celebra a coragem de mulheres que enfrentaram o câncer de mama mostrando retratos de sobreviventes exibindo seus seios reconstruídos.

Intitulado "The Boudica Within" (A "Boudica Interna", em tradução livre), em referência à uma antiga rainha guerreira celta, Bouduica, que liderou uma revolta contra tropas de ocupação romanas, o livro traz imagens de 23 mulheres com idade entre 20 e 80 anos que sofreram cirurgia plástica de reconstrução dos seios na região de Norfolk, leste da Inglaterra.

Além das fotos, as pacientes relatam no livro suas histórias sobre como a doença afetou suas vidas e o impacto da cirurgia de reconstrução mamária. As fotos são da fotógrafa Andrea O'Hare, uma das pacientes de Sassoon. Ela passou pela cirurgia em novembro de 2006 e foi escolhida pela cirurgiã para fazer as imagens do livro.

http://diversao.uol.com.br/album/bbc/guerreiras_do_cancer_album.jhtm


'Eu mesma nunca fui capaz de saber exatamente o que o feminismo é: apenas sei que as pessoas me chamam de feminista toda vez que expresso sentimentos que me diferenciam de um capacho de porta, ou de uma prostituta.' -- Rebecca West,1913


"Blog do Tas ganha dois prêmios no BOBs 2007

O Blog do Tas, do jornalista Marcelo Tas, foi o vencedor em duas categorias do BOBs 2007 (Best Of Blogs), cuja premiação aconteceu na última quinta (15) em Berlim. Tas venceu nas categorias Melhor Weblog em Português pela escolha do júri e Melhor Weblog pela escolha popular, com 27% dos votos.

A premiação, promovida pelo grupo de mídia alemão Deustche Welle, é uma das mais importantes do gênero. O Blog do Tas também concorria como Melhor Videoblog, categoria na qual ficou em quarto lugar pelo voto do público.

O blog Fotomania, de Belarus, foi o ganhador desta edição do concurso internacional de weblogs The BOBs, da Deutsche Welle. Além dele, o blog Jotman —produzido na Tailândia e escrito em inglês— levou o Prêmio Repórteres Sem Fronteiras. O vencedor em língua portuguesa foi o Blog do Tas.

http://marcelotas.blog.uol.com.br/


Blog fotográfico de Belarus leva prêmio The BOBs;

O blog Fotomania, de Belarus, foi o ganhador desta edição do concurso internacional de weblogs The BOBs, da Deutsche Welle. Além dele, o blog Jotman —produzido na Tailândia e escrito em inglês— levou o Prêmio Repórteres Sem Fronteiras. O vencedor em língua portuguesa foi o Blog do Tas.

Segundo Christian Gramsch, diretor da Deutsche Welle, "o blog premiado consegue retratar, através de poucas palavras, o cotidiano em Belarus, transmitindo informações de um país que em grande parte se fecha a olhares vindos de fora".

O blog da jornalista Xenia Avimova, 23, reúne em seus blogs fotos em preto-e-branco tiradas na capital Minsk. De acordo com o júri, ele reproduz as impressões e perspectivas da autora, cumprindo a principal tarefa de um blog.

"Em Belarus, não há muitos jornais e plataformas independentes onde se possa publicar sua opinião", disse Avimova. "Por isso, especialmente jovens adultos mantêm blogs, que freqüentemente tratam de temas políticos. Até mesmo políticos de oposição escrevem blogs para expressar sua opinião e chamar a atenção de potenciais eleitores."

O blog tailandês Jotman, ganhador do Prêmio Repórteres Sem Fronteiras, é de um experiente blogueiro que se tornou conhecido por sua cobertura do golpe de Estado militar na Tailândia em 2006. Agora, ele apresenta sua cobertura dos protestos contra a Junta Militar na Birmânia.

http://ak-bara.livejournal.com/